Presidente do BASA, Luiz Lessa pede que parlamentares da região foquem mais nas necessidades comuns, do que nas “brigas políticas”

No comando da maior instituição financeira do Norte desde maio, dirigente falou ainda que está em conversação com BNDES, BID, Banco Mundial e Agência Francesa de Desenvolvimento para captar mais recursos que fomentem a Amazônia

(Brasília-DF, 24/10/2023) O presidente do Banco da Amazônia (BASA), Luiz Lessa, pediu na manhã desta terça-feira, 24 de outubro, que os 65 deputados da região Norte possam focar mais nas necessidades comuns, do que nas “brigas políticas” e “regionais”, que conflitam cada uma das sete unidades federativas que compõem a região Norte do Brasil.

O pedido aconteceu durante um café da manhã oferecido pelo BASA aos parlamentares da Bancada do Norte realizado no restaurante do 10º andar do Anexo IV da Câmara dos Deputados.

Em entrevista após o encontro com os parlamentares, Lessa afirmou que apenas os recursos provenientes do Fundo Constitucional do Norte (FNO), geridos pelo BASA, são insuficientes para cobrir toda a demanda de desenvolvimento e infraestrutura. Mas lembrou que está travando conversas diretas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Agência Francesa de Desenvolvimento com objetivo de obter mais recursos que contemplem as necessidades de desenvolvimento da região.

“Essa iniciativa foi fenomenal. Esse primeiro evento que nós fizemos aqui com a Bancada do Norte teve como objetivo a gente juntar os deputados para a gente começar a ter uma unicidade de discurso naqueles assuntos que são inerentes a todos os estados do Norte. Como foi colocado aqui por vários deputados, a gente tem as brigas políticas, regionais, têm as necessidades de cada estado, mas acima de tudo isso está a necessidade da região Norte como um todo”, comentou.

“[Nós pertencemos a] uma região que precisa de investimento para desenvolvimento, para infraestrutura, educação, saúde, saneamento, energia elétrica, transporte. Em suma, é uma região que carece de recursos. E a gente precisa fazer essa discussão de forma organizada para que a gente tenha os recursos necessários. O Banco da Amazônia é um repassador do Fundo Constitucional do Norte, o FNO, mas o fundo constitucional não é suficiente. [Então,] a gente precisa de outras composições para complementar essa funding [expressão da língua inglesa utilizada no mercado financeiro que diz respeito à captação de recursos para investimento]. Nós precisamos do BNDES, estamos em discussão e já conversamos com o presidente [Aloizio] Mercadante”, complementou.
“Estamos [também] em conversações com agentes internacionais como o BID, o Banco Mundial, a agência francesa para que a gente possa ter recursos e esses recursos a partir destas discussões de unicidade entre as bancadas, a gente ter as destinações adequadas para que a gente tenha realmente os recursos levando para a região”, finalizou.

(por Humberto Azevedo, especial para a Bancada do Norte, com edição de Genésio Jr.)

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